terça-feira, 4 de setembro de 2012

Crushes, paixões e amor – tentando racionalizar os sentimentos

São quase 30 anos de vida e, desses, uns 15 de idas e vindas do amor. Não necessariamente amor, né? Parei pra pensar esses dias e consegui formar uma ideia a respeito disso. Claro que isso vale pra mim, e pra toda minha intensidade e impulsividade, mas percebi que existem três tipos de envolvimentos amorosos: o crush, a paixão e o amor. O crush é aquele lance muito mais físico do que qualquer outra coisa. É uma vontade. É bater o olho e ficar com aquilo matutando na cabeça. É não se importar com status de relacionamento, nem com hora, nem com lugar. E pode ser ótimo e até duradouro. Às vezes pode ser confundido com paixão, mas tem uma forte tendência a virar amizade. Sim! Parece improvável, mas rola sim. E é aí que tu te dá conta de que era crush, e não paixão. Pode demorar uns anos, mas quando rola é muito legal. O crush, aos meus olhos, é o melhor de todos. Pelo menos é o que menos causa danos. A paixão. Na real a paixão pode ter níveis, mas no geral é assim: tu conhece a pessoa, acha atraente, curte o papo, curte a companhia, vocês se veem algumas vezes, com mais frequência, e é sempre tão legal. Daí tu começa a achar que tá amando. Mas tu não tem certeza se é recíproco, e começa a ficar meio neurótico (a), mas claro, não pode demonstrar. E essa dúvida aplica no relacionamento uma intensidade que, não necessariamente é real. De repente as coisas começam a ficar diferentes. Vocês não se veem mais tanto, não se falam com a mesma intensidade. Certo que ele (a) está ficando com outros simultaneamente, até porque tu também está. E com o(a) outro (a) aparentemente passou da etapa paixão. Daí fudeu. Não têm culpados, é o tal de destino – será?. Daí se sofre bastante. Pelo menos até toda aquela ansiedade baixar. Claro que existem fins diferentes desse citado, a pessoa pode ser uma mentirosa e te fazer de idiota – sendo uma por consequência, entre outros casos. O grau de drama do término é que vai ditar a quantidade de tempo que tu vai passar sofrendo. Às vezes levam anos, tantos que a gente acredita que não vai acabar. Mas acaba ou, pelo menos, fica escondido num canto que a gente só acha se revira muito. O amor. Talvez eu não tenha muita propriedade pra falar, mas com a pouca que tenho afirmo: esse infeliz sim te faz sofrer, mas acho que não dói tanto quanto a paixão. Sério. Porque ele é mais sereno, menos intenso. Ele é uma paixão que deu certo – de alguma forma. Esse eu acho que não acaba. Talvez se transforme, mas é melhor de lidar. Por mais que as vezes doa, tu acomoda ali do lado e consegue continuar respirando. Se tu é uma pessoa intensa, tu sofre com a mesma energia em todos os casos, mas também te levanta e segue em frente da mesma forma. Tem gente que sofre menos, não é porque gostou menos, é só o jeito de levar a vida em todo seu sentido. Claro que não tem como adivinhar o futuro e não existe nenhum tipo de padrão. Acho que a gente só tem que tentar assimilar se a energia gasta em cada pseudorelacionamento vale a pena.