quinta-feira, 11 de dezembro de 2008

Frase da semana

"Ex bom é ex morto" - Suzana Vieira


















roubei a piada da FêCris

Devagar... e sempre

O álcool e as drogas (mentira... o trabalho e o sono, na verdade) têm me impedido de escrever mais freqüentemente no blog. Mas ok, né?

To há hoooooooras (mentira... eu escrevo uma vez que outra num arquivo de word que mais parece um monte de retalhos) escrevendo um texto sobre "mulherzices" - meu neologismo pra "coisas de mulherzinha".

Visto que eu não consegui terminar (mentira... não tive paciência) até agora o texto, aí vai a letra mais mulherzinha revoltadinha da estrela afude do mundo hehehehe Com comentários!!!

Ressalva: eu cresci ouvindo Hole e a Courtney... Por isso eu sou assim?!!? Alguém aí me vê uma saia de tule?

Oh make me over
I'm all I wanna be (convenciiiiiiiiida...)
A walking study
In Demonology (que nem melancia no sol)

Hey, so glad you could make it
yeah, now you've really made it
Hey, so glad you can make it now (se fazendo de educadinha)

Oh look at my face
My name is might have been
My name is never was
My name's forgotten (Ting Tings' way of life)

Hey,so glad you could make it
yeah,now you've really made it
Hey,there's only us left now (urruuuuuu)

When i wake up in my makeup
It's too early for that dress (neveeeeeer!!!)
Wilted and faded somewhere in Hollywood (em BH!!!)
I'm glad I came here with your pound of flesh
No second billing cause you're a star now
Oh Cinderella, they aren't sluts like you (none, never)
Beautiful garbage beautiful dresses
Can you stand up or will you just fall down

You better watch out
Oh what you wish for (maior verdade)
It better to be worth it
So much to die for

Hey,so glad you could make it
yeah,now you've really made it
Hey,there's only us left now

When i wake up in my makeup
Have you ever felt so used up as this
It's all so sugarless
hooker/waitress, model/actress
oh just go nameless
Honeysuckle
She's full of poison
She obliterated everything she kissed
Now she's fading somewhere in Hollywood
I'm glad I came here with your pound of flesh

You want a part of me
Well I'm not sellin cheap
No, I'm not sellin cheap

terça-feira, 2 de dezembro de 2008

Não convido mais

Acho um saco e uma falta de educação quando tu convidas as pessoas com a melhor intenção pra se divertir em alguma confraternização bacana no final de semana e, além de não comparecerem, não dão a menor satisfação sobre o convite. Nem um: “bah, valeu, mas tenho que levar meu avô no médico” ou “ bah, to indo cobrir uma pauta na putaquepariu, não vou chegar a tempo”; sei lá, agradece, no mínimo. Se tu foi convidado é porque as pessoas queriam que tu estivesse presente, então faz diferença sim tu estar ou não. Falta de educação ou de bom senso talvez falte. Daí, ou a gente se acostuma ou não convida mais...

sexta-feira, 28 de novembro de 2008

Pronto, falei. E agora?

Vinte e dois anos de educação católica apostólica romana. Vinte e dois anos de “comlicençaporfavormuitoobrigadadesculpe” em TODAS as situações (inclusive em festas e shows lotados all over the fucking world). Vinte e dois anos de lavar a louça. Vinte e dois anos de comer com garfo e faca. Vinte e dois anos de podas de sentimentos/ressentimentos/ciumes/ódios ou de qualquer outro comportamento que não fosse digno de uma “moça educada”. Essa é a história da minha vida.

Eu nunca falo o que eu devia na hora. Sabe? Homem que assobia na rua e eu penso em mil coisas pra dizer:

- (homem) fiu fiu.
- (fecris) não é cachorro, amigo... é pinto... e NÃO VAI SUBIR SE TU ASSOBIAR!

- (homem) fiu fiu.
- (fecris) perdeu alguma coisa? Já sei... foi a chave da jaula.

- (homem) fiu fiu.
- (fecris) bah, tu também gostou daquele ali? Baita gostosão, né?

- (homem) fiu fiu.
- (fecris) olha que legal... tu sabe assobiar...muito bem. Onde te ensinaram? Na escolinha pra pessoas especiais?

- (homem) fiu fiu.
- (fecris) amigo, acho que tu me confundiu. Eu não sou a representante física do “enlarge your penis” (com um beijo especial na Tiara por essa referência)

E por aí vai. Mas não é só nessas situações que eu tranco a minha vontade de falar verdades na latinha alheia. Sabedoria de orkut, to até numa comunidade chamada “Morrissey me entenderia”. Nada mais perfeito: coyness is nice and coyness can stop you from saying all the things in life you’d like to”.

Esses dias eu tava na mesa de um restaurante com amigos. Falávamos do show do Bob Dylan e eu discordava TERRIVELMENTE da opinião de um deles. E eu não fui capaz de dizer “VAI SE FODER! O SHOW DO DYLAN É FODA JUSTAMENTE PORQUE ELE NUNCA FAZ COVER DE SI MESMO. ACHAR QUE TEM QUE CANTAR JUNTO COM AS MÚSICAS DELE É BEM COISA DE NEW-FOLK MESMO”. Ta, não soaria muito amigável, mas acho que ele não deixaria de ser amigável por isso.

Outro dia alguém da minha família me ligou e fez um escândalo sem motivo. Me fez carregar a pobre coitada da minha mãe estressada pra um monte de lugares inutilmente. E não saiu o famigerado: “VAI CUIDAR DA TUA VIDA! FAZ ALGUMA COISA DE ÚTIL E ME DEIXA EM PAZ!”. Acho que eu não ia ser deserdada.

Caminhei (sem querer) de vestido e salto na rua num dia de vento. Me contorcendo pra manter alguma dignidade, três imbecisnacrisedameiaidadecarecasebarrigudos (sorry, to com ódio) começaram a dizer “VAI MEU, ASSOPRA! POR ISSO QUE EU GOSTO DE VENTO”. E a garotinha vestida de Nossa Senhora da Salete (história pra outro dia) em mim me impediu de virar e dizer “PENA QUE O VENTO NÃO FAZ SUBIR O PAU PEQUENO DE VOCÊS, NÉ... SEUS VELHOS BROXAS !!!(é com x? ou com ch? Nunca li essa palavra)”


Bom, fuck coyness. Resolvi falar. Então, prepare-se. Se você fizer alguma coisa que eu não gostar, vai ouvir. Pronto, falei. E agora?

quinta-feira, 27 de novembro de 2008

Intelectuais, uma ova

É tipo Lei de Murphy: onde quer que se vá, sempre há um intelectual de meia tigela. Um pseudo-intelectual. Um daqueles que quer falar mais do que o palestrante, mesmo se ele for o maior especialista do planeta em uma doença que ataca apenas o dedão esquerdo de canhotos. Um daqueles que cita filósofos como quem lê a lista do super – mas sem saber se precisa de 100 ou 200 gramas de presunto –, ou então um que jura de pés juntos que inventou algo que já existe, mas como não queria a fama e os louros, preferiu não patentear. Até que alguém roubou a sua idéia. Arrã.

Estes tipos estão nas salas de aula de qualquer faculdade, nas mesas de bar de quase todos os grupos. Mas o que eles adoram mesmo é um evento. Palestra, seminário, debate – qualquer coisa que envolva um microfone e uma platéia, porque pseudo-intelectual que se preze não se contenta com sua própria sabedoria: precisa compartilhá-la em alto e bom tom. Sofre de uma verborragia incontrolável.

Quando a palestra/seminário/debate termina, e o cara do palco – ele sim, o tal guest speaker, convidado para falar – abre espaço para as perguntas, já se vê a mãozinha do amigo de meia tigela a pipocar: Eu! Eu! Eu! O microfone chega até ele e... (bocejos). Nos dois primeiros minutos, todo mundo tenta acompanhar, achando que daquele blábláblá Platão blábláblá Whiskas Sachê pode até sair uma pergunta boa. Só que não sai nem pergunta. Não tem ponto de interrogação, só ponto final. Ponto final. Lá pelas tantas, o povo esquece. Pensa no almoço, o estômago ronca, rói as unhas, fofoca sobre o carinha da fila da frente. A essa altura o pseudo já está quase chegando na pós-modernidade, tendo cumprido todo o trajeto desde a Grécia antiga. Ainda falta um pouco para chegar naquele momento ali, e na relevância do discurso em relação ao que estava sendo discutido – mas às vezes isso nem importa. O que importa é falar difícil e fazer pose-sem-pose.

A arte é um dos campos de atuação preferidos destes tipos. Mas como, aparentemente, não há eventos suficientes para eles soltarem toda sua verve, os pseudo-intelectuais estenderam seu campo de atuação ao papel, fazendo proliferar “textos críticos” que, às vezes, parecem ter sido psicografados pro alguma entidade espírita. E a coisa está ficando notória:

Como muitas pessoas são fascinadas por aquilo que não conseguem entender, a crítica e a teoria das artes abusam. Jonathan Shaughnessy sobre Carsten Höller [artista que está expondo um escorregador, tipo toboágua, na Bienal de São Paulo]: "Esses objetos tentam ao mesmo tempo embrulhar e revelar os sentidos a fim de que inibam a subjetividade e o sentimento de si ao invés de favorecê-los". Tradução possível: depois de escorregar no tobogã a gente fica tonto. – Jorge Coli, colunista da Folha de São Paulo.

Cansei, cansamos. Pronto, falei.

segunda-feira, 17 de novembro de 2008

Música é bom...

E essa eu não ouvia há algum tempo, até o show de sábado. Secretamente eu fui até o ouvido de uma querida amiga e disse "ninguém nesse lugar queria dizer isso mais que a gente agora". :)

Mais de 2/3 da minha cabeça estariam livres pra pensar em outra coisa
Se não fosse você a infernizar a paciência
Vá pro diabo que te carregue (2x)
Tenho um monte de coisas pra conquistar e não quero te ver por perto
Vá pro raio que o parta

Vá pro diabo que te carregue(2x)
Pro diabo que te carregue
Vá pro raio que o parta (4x)

Eu vou rezar, ligar o rádio, ficar invisível... Deus, por favor, apareça na televisão

ATENÇÃO: MUITAS REPETIÇÕES DE PALAVRAS DE AGORA EM DIANTE!

Eu aprendi com a minha mãe e com um livro que usava na primeira série do colégio público onde eu estudava que "Aprender é viver!". Acho que levei a sério demais, porque eu vivo mesmo procurando o que aprender nas coisas mais estúpidas. E, quer coisa mais estúpida que nick de msn? Quem inventou que os nicks do msn não locais propícios para anúncios, propagandas, previsões? E, pior: quem inventou que eles servem para expressar os sentimentos das pessoas? Pobres de nós, escravos da informação, que precisamos desses artifícios pra que os outros obrigatoriamente vejam o que a gente ta pensando. É que nem frase de camiseta, sabe? "100% vagabond", "No Stress", "Toca Raul", "Eu bebo porque é líquido", "Minha mãe foi na Bahia e só me trouxe essa camiseta vagabunda", essas coisas...

Bom, OBVIAMENTE, eu também sou adepta da moda do "frase do nick". E essa do título era a de hoje. E eu me pergunto: o que será que aconteceu . deu na cabeça dessa criatura - pra ela decidir que essa era a frase a dizer ao mundo?


aprendi com a Élen? Mudar é bom!!!

TCC - Os Proviiiiiiiiiiiiiiiiincianooooooooooooooos

incompatibilidade de caráter é fogo!

saudades... depois de ter vivido o óbvio utópico

mini casinha nova!

o cara das ideotas

abordagem: - Muito prazer... Resposta: o prazer é todo teu.

não peleia quem ta morto

back in black

gracias por amarme de corazon

exames

i killed chester copperpot

agora com lightsaber

O grêmio é o grêmio porque é o grêmio!

toda malevolosidade

virei paquita na Balonê!

Inferno astral?

Cuidado onde os huskies passam. E não coma a neve amarela!

brindo a casa, brindo a vida, meus amores minha família

sexta-feira mágica!!! 1, 2, 3...4!!!

do samba bem ritmado

quarta-feira, 12 de novembro de 2008

Foda-se o Indie Rock!

E é mesmo. E pra todos vocês de lenço xadrez no pescoço, all star coloridinho, calça skinny e colete... segurem os queixos e os Macs indignados e prestem atenção. Eu, que não sou menos indie que você (e to bem perto do king dos blasé) tive ontem uma experiência avassaladora. Ou, pra falar na língua materna da classe: “life changing experience”. Eu, uma freqüentadora de festas cujas músicas ninguém conhece – e isso é o mais legal -, fui a um show do Judas Priest. Assim, livre e (quase) espontânea vontade. O pior você não sabe: a convite de uma outra amiga, essa com certeza BEEEEEEEEEEEM MAIS INDIE QUE VOCÊ. E aí, o que aconteceu? ADORAMOS.

Aí você pode dizer “e what the fuck o indie tem a ver com isso? Você ta me dizendo que metal é mais trends que eletrorock por acaso? Ai, fuuuuuui”. Não, babe. Eu, e certamente essa minha amiga, continuamos gostando das modernices, mas nós, gente que se acha fashion (ai, desculpa, é hype agora) mas é cheeeeeia de preconceitos, temos muito o que aprender com o pessoal do METAAAAAAAAAAL.

Por exemplo. Eu já paguei ABSURDOS pra ver shows de indie rock. Mas e aí? O que eles me entregaram? Quatro ou cinco caras vestidos igual a qualquer um da platéia, com tênis All Star, executando as músicas em palcos que mal eram ilumidados com a emção de quem lê um jornal (não o da fila do pão, outro qualquer). Ou pior! A gente vai assistir um cara, com um violão, que, mesmo num dos melhores teatros da cidade, não faz mais que passar pelas suas músicas novas – mais MPB e menos rock – de forma quase burocrática. E a gente acha tudo isso o máximo. Só que não demonstra né. Porque uma das leis do blasè é NUNCA, JAMAIS demonstrar-se muito empolgado com algo (a não ser quando ta frito, na “baladi”, ao som de Ting Tings ou Killers). Pois nesse mesmo teatro, cabeludos vestidos de preto que ocupavam pacificamente 2/3 da lotação, assistiram a um espetáculo. Esse sim, es-pe-tá-culo. E não essas chinelagens que entregam aos pseudointelectuais porto-alegrenses.

O Judas Priest é uma banda de heavy metal (ou não.... são tantas versões do mesmo estilo que eu me confundo) inglesa e que nasceu láááááá nos anos 70 – década que os “moderrrrrrnos” detestam, porque foi onde nasceram os seus rivais, os hippies... isso, mesmo todo mundo sabendo que todo bom mod virou hippie ou um boçal na década seguinte à sua). Bom, mas isso tudo eu descobri essa noite. Por quê? Porque, como todos vocês, eu era uma preconceituosa. Acontece que eu me surpreendi.

Podem classificar como quiserem. Eu chamei de farofa, mas podia ser qualquer coisa. Fato é que os caras têm um figurino impecável, um cenário e uma energia de palco pra botar qualquer show do Arctic Monkeys (pra dar o exemplo mais simples) no chão. Fora que o público... convenhamos caros klaxonianos, é muito melhor que a gente – dá um banho, eu diria. Empolgados do início ao fim, eu não vi um cabeludovestidodepretocomcorrentes se quer de braços cruzados sacudindo a cabeça levemente e comentando com a pessoa do lado “a banda paralela do baixista que vem do leste europeu e toca uma mistura de Grant Lee Buffalo com April March e uma pitada de CSS só que em um dialeto do sul da Rússia é muito melhor... o quê? Não conhece??!?! Affe” ou “ah não... se eles não tocarem a música 15 do disco demo que lançaram 3 anos antes do baterista da formação original se matar pendurado numa corda de guitarra (qualquer citação ao Beck... ok) me passa uma colher”. Não. Ao contrário, os fãs gritaram, cantaram todas as músicas, pularam... fizeram de mim orgulhosa em ser daqui, do país sobre o qual as bandas DE VERDADE sempre dizem ter “o público mais caloroso”. Eles sim se divertem num show.

Aí ta. Fora o cenário, as roupas bacanas, uma Harley no palco... você diz: “mas eu vou no show pra ouvir a banda ao vivo, não pra ver magiquinha”. E eu respondo: ah ta bom... então tu paga R$ 100 reais pra ver uma banda tocar no palco exatamente a mesma coisa que no CD, com a desvantagem de que você não ta no conforto do seu quarto? Vai se catar né! Fora que os cinqüentões do METAAAAAAAAAAL têm muito mais conhecimento musical que muito MODERRRRRNINHO por aí. Eu ouso dizer, que a maioria até.

Então, my friend integrante de banda indie, eu digo: VAI APRENDER A FAZER SHOW COM OS METALEIROS!!! E pra você, trendssuperbacanacomlençoxadrezemelissinha: VAI APRENDER A ASSISTIR SHOW COM ALGUÉM QUE TENHA UMA JAQUETA DE COURO!

Pronto, falei.